Morreu o maestro Pedro Osório
O maestro e compositor Pedro Osório, natural do Porto, morreu hoje em Lisboa, no Hospital de São Francisco Xavier, onde deu entrada ontem. O corpo vai ser velado amanhã na Sociedade Portuguesa de Autores e segue depois para o Porto.
Orquestrador, chefe de orquestra, director musical, compositor, Pedro Osório, nascido em 1939, trabalhou com vários artistas do panorama nacional, nomeadamente Carlos Mendes, Carlos Alberto Moniz, Sérgio Godinho, Fernando Todo, Carlos do Carmo, Carlos Paredes, Rita Guerra ou Rui Veloso. Conseguiu em 1996
na Eurovisão, com a música «O Meu Coração Não Tem Cor», interpretada
por Lúcia Moniz, o melhor resultado para Portugal neste evento (o sexto
lugar).
Autor de vários musicais dos casinos Estoril e Póvoa de Varzim, Pedro Osório optou pela carreira musical quando terminava a licenciatura em engenharia mecânica.
Entre outras distinções, em 1982, recebeu o Prémio da Crítica pela composição para a peça «Baal», de Bertolt Brecht.
Foi dirigente do Sindicato Nacional dos Músicos e fez parte da
organização do I Congresso Nacional dos Músicos em 2003. De 2003 até Janeiro de 2011 foi membro da administração da SPA, estando actualmente
no grupo do fado.
Em 1994, o Presidente da República Mário Soares condecorou-o com o
grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, tendo recebido
posteriormente a Medalha de Ouro do Concelho de Oeiras e a de Mérito da
Sociedade Portuguesa de Autores.
Já este ano, o Ministério da Cultura agraciou-o com a Medalha de
Mérito Cultural e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva,
condecorou-o com a comenda da Ordem da Liberdade.
Pedro Osório, que também se dedicava à escrita de obras de música
sinfónica, algumas das quais já executadas em público, lançara
recentemente o livro «Memórias Irrisórias com Algumas Glórias».
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