Sociedade Portuguesa de Autores cria Prémio Carlos do Carmo


A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciou a criação do Prémio Carlos do Carmo, «a atribuir anualmente ao melhor disco de fado», numa homenagem ao cantor de «Lisboa Menina e Moça» que morreu no passado dia 1 de Janeiro.

O prémio, «ainda sem valor determinado, será entregue autonomamente ou durante a Gala dos Autores Portugueses, por decisão de um júri constituído por nomes destacados dos corpos sociais da cooperativa, que integram personalidades como Rui Vieira Nery, António Victorino d'Almeida, Paulo de Carvalho, Pedro Abrunhosa, Vitorino Salomé, Tozé Brito, António Manuel Ribeiro e Miguel Ângelo, entre outros», lê-se no comunicado da cooperativa de autores.

O galardão é «uma homenagem sentida a um dos maiores intérpretes musicais portugueses de sempre», afirma a SPA, da qual Carlos do Carmo era cooperador desde 1997 e que, em maio de 2001, tinha sido distinguido com o Prémio Consagração de Carreira.

Em 2015, Carlos do Carmo recebeu também a Medalha de Honra da SPA, «pela qualidade da sua carreira e também pelo apoio sempre dado à divulgação da obra dos petas contemporâneos que escolheu».

Carlos do Carmo cantou, entre outros, poemas de Nuno Júdice, Júlio Pomar, Maria do Rosário Pedreira, José Manuel Mendes, Fernando Pinto do Amaral, Joaquim Pessoa e José Luís Tinoco, que também compôs algumas das canções-chave do fadista, como «No Teu Poema» e «Um Homem na Cidade».

Para a SPA, «a morte de Carlos do Carmo foi uma das grandes perdas nacionais neste longo período de confinamento».

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