Teatro Nacional de São Carlos com portugueses em destaque

A programação de Janeiro e Fevereiro no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, inicia-se hoje com um recital para canto e piano e tem uma forte presença de compositores portugueses, foi anunciado em comunicado.

Dois dias depois do Concerto de Ano Novo, o TNSC destaca que «os primeiros dois meses do ano de 2021 são marcados pela forte presença de compositores portugueses nos programas de câmara, sinfónicos, coral-sinfónicos e na ópera - que regressa em Fevereiro - com Trilogia das Barcas de Joly Braga Santos». 

Na programação do primeiro bimestre de 2021, «o grande destaque» é a ópera Trilogia das Barcas de Joly Braga Santos, a partir da obra de Gil Vicente. A ópera será apresentada nos dias 9 e 11 de Fevereiro, «em versão de concerto, com um elenco português, Coro TNSC, Orquestra Sinfónica Portuguesa e direção musical de Joana Carneiro». Esta ópera estreou-se em 1970 e esta será «a segunda vez que é apresentada em São Carlos».

Joana Carneiro

Embora o grande destaque esteja marcado para Fevereiro, a programação do primeiro bimestre arranca hoje, com um recital para canto e piano, «por ocasião dos 150 anos do nascimento de Francisco Lacerda (musicólogo e compositor), com Sara Braga Simões e João Paulo Santos».

No dia 14, é apresentado Des Knaben Wunderhorn, de Mahler, com Ana Quintans e Luís Rodrigues como solistas, sob direção musical de Joana Carneiro, «reeditando um programa apresentado com grande sucesso em Outubro, em Almada».

Em 28 de Janeiro, Susana Gaspar e Nuno Vieira de Almeida apresentam um recital de canto e piano, «a partir da obra de Fernando Lopes-Graça, em particular do universo poético português do compositor».

No dia seguinte, dia 29, o TNSC acolhe um concerto sinfónico, com obras de Joly Braga Santos, Luís Freitas Branco e Arnold Schönberg, dirigido por Pedro Neves.

Ainda em Janeiro, no dia 10, o São Carlos «desloca-se» ao Centro Cultural de Belém, também em Lisboa, para apresentar Il Natale Augusto de Antónoo Leal Moreira, pelo Coro do TNSC e pela Orquestra Sinfónica Portuguesa com um elenco de solistas portugueses. A peça a ser apresentada no CCB, com direção musical de João Paulo Santos, foi «encomendada por ocasião do nascimento da princesa Maria Teresa, em 1793, que trouxe a Portugal Luísa Todi para o papel principal».

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Já em Fevereiro, no dia 4, os Solistas de Lisboa (Helena Lima, Pedro Meireles, António Figueiredo, Samuel Barseguian, Cândida Olveira e Joana David) apresentam um programa com obras de Beethoven, Brahms e Prokofiev.

Para dia 15 está programado o concerto para famílias «Entrudo o Vento Levou», a partir de As Canções do Senhor Blue, de Rosenthal, para piano e vozes e com criação e texto de Mário João Alves.

No dia 18 arranca o ciclo «Um Cancioneiro Português - Um Caminho Entre Poesia e Música», que «deambulará pelos séculos XIX e XX». «Mensalmente, dois cantores e um piano, em ambiente íntimo, darão corpo a programas ordenados segundo uma vaguíssima lógica de ideias, escolas ou personalidades poéticas», explica o TNSC.

A programação do primeiro bimestre termina no dia 27 de Fevereiro, com o pianista Artur Pizarro e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direção musical de Joana Carneiro, a interpretar uma obra do pianista e compositor Armando José Fernandes. O programa deste dia inclui, ainda, uma peça de Bartók.

Além disso, nos dias 21 de Janeiro e 25 de Fevereiro, o TNSC volta a acolher concertos do Festival CriaSons, «neste caso, dedicados aos compositores Carlos Azevedo/Luís Salgueiro (compositor emergente) e Tiago Derriça/João Fonseca e Costa (compositor emergente), respetivamente».


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