Joana Carneiro deixa de dirigir Sinfónica Portuguesa no final do ano
A maestrina Joana Carneiro deixa de ser titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) no final do ano, anunciou o conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), que tutela a orquestra.
Em comunicado, o Conselho de Administração do Opart anunciou que «Joana Carneiro comunicou o desejo de cessar funções enquanto maestrina titular da OSP, após o termo do seu atual mandato, a 31 de Dezembro de 2021».
Joana Carneiro, de 44 anos, foi nomeada maestrina da OSP em Janeiro de 2014, tendo sido sucessivamente reconduzida.
O Conselho de Administração do Opart compromete-se a contratar um novo maestro titular da OSP «para iniciar funções no início de 2022», e aproveita para manifestar «o seu reconhecimento pelo importante trabalho desenvolvido pela maestrina ao longo destes anos, em prol da afirmação artística e da identidade própria da Orquestra Sinfónica Portuguesa, bem como do prestígio do Teatro Nacional de São Carlos».
Joana Carneiro desempenhava outras funções fora do Opart, nomeadamente as de diretora artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra.
A maestrina trabalhou com diferentes orquestras designadamente a Philharmonia, a BBC Philharmonic, a BBC Symphony, a Real Filarmónica de Estocolmo, a Sinfónica da Rádio Sueca, a Filarmónica de Helsínquia, a Sinfónica da RTE, da República da Irlanda, a Filarmónica de Hong Kong e a Sinfónica de Gotemburgo, na Suécia, assim como as formações das Óperas de Estocolmo, Copenhaga, Escócia e Inglaterra.
Carneiro colaborou com a Real Filarmónica de Liverpool, em Inglaterra, a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra Filarmónica da Rádio France, o Ensemble Orquestral de Paris, a Orquestra da Bretanha, em França, a Sinfónica de Norrköping, na Suécia, a Norrlands Opera Orchestra e a Sinfónica de Malmo, da Suécia, a Residentie Orkest, de Haia, a Orquestra Nacional de Espanha e a Orquestra Sinfónica do Teatro La Fenice, na Bienal de Veneza, no Nordeste de Itália.
Nos Estados Unidos, Joana Carneiro dirigiu a Los Angeles Philharmonic, a Toronto Symphony, a Saint Paul Chamber Orchestra, a Detroit Symphony, a Colorado Symphony, a Indianapolis Symphony, a Los Angles Chamber Orchestra, entre outras orquestras.
Em 2010, dirigiu o concerto «Rei Édipo/Sinfonia dos Salmos», com encenação de Peter Sellars, sobre as duas obras de Igor Stravinsky, recebendo um prémio Helpmann.
Em 2017, dirigiu a Orquestra Filarmónica Real de Estocolmo, no concerto da cerimónia de entrega dos prémios Nobel na capital sueca.
Entre 2009 e 2018, foi diretora musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley, nos Estados Unidos.
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