Mão Morta e Lena d'Água dão concertos na reabertura do Auditório de Espinho


Um filme-concerto por Mão Morta, um espetáculo por Lena d'Água e concertos por Mário Costa e Ricardo Toscano são algumas das propostas da programação do Auditório de Espinho até Junho, revelou a direção da sala de espetáculos.

Por esse equipamento cultural do distrito de Aveiro passará ainda a Orquestra Clássica de Espinho e também a Orquestra de Jazz de Espinho, que é uma das formações cuja apresentação tem agora nova data após um adiamento inicial devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19.

O concerto da banda Mão Morta, a 21 de Maio, vai envolver a exibição da comédia «A Casa na Praça Trubnaia» que, realizada em 1928 pelo cineasta russo Boris Barnet, constituiu «uma sátira à hipocrisia da pequena-burguesia que, na sequência da Nova Política Económica de Lenine, sobrevivera à Revolução de 1917 e sorrateiramente continuava a explorar os necessitados, iludindo os sindicatos».

A acompanhar a projeção, estará em palco a versão «redux» dos Mão Morta: o trio composto por Adolfo Luxúria Canibal, Miguel Pedro e António Rafael, que irão interpretar ao vivo a banda sonora que conceberam especificamente para o que consideram uma obra-prima do cinema mudo soviético.

Lena d'Água, por sua vez, atuará com o Projeto Benjamim, que envolve cerca de 50 alnos da Escola Profissional de Música de Espinho. Em conjunto, artista e jovens músicos irão recriar a 4 e 5 de Junho algumas das canções que marcaram o percurso da cantora a que André Gomes atribui a autoria de «uma das mais brilhantes páginas da música portuguesa».

Já o baterista e compositor Mário Costa, que em 2018 lançou aquele que a plataforma online Jazz.pt apontou como «o melhor disco de jazz nacional», levará a 6 de Junho à sala de Espinho «um elenco internacional de luxo» para recriar o álbum «Oxy Platina» e revelar novas criações: o trompetista Cuong Vu, parceiro de David Bowie e Laurie Anderson; o contrabaixista Bruno Chevillon, , membro de vários grupos de Louis Sclavis e Marc Ducret; e o pianista Benoît Delbecq, um dos «mais inconfundíveis da cena internacional».

Ricardo Toscano

Antes disso, a 15 de Maio, o álbum «A Love Supreme» de John Coltrane, servirá de mote ao concerto homónimo do quarteto de Ricardo Toscano. 

Quanto à Orquestra Clássica de Espinho, tem dois espetáculos programados; um a 7 de Maio dedicado à música do Romantismo, com obras de Gustav Mahler e Franz Schubert, e outro a 28 do mesmo mês, com jovens solistas da Escola Profissional de Música de Espinho.

Está também programado o concerto da Orquestra de Jazz de Espinho, que a 14 de Naio levará ao palco obras originais do compositor e pianista galego Abe Rábade.

A programação do Auditório de Espinho até Junho integra ainda uma exposição de fotografia de Mario Calles que, a propósito da aproximação do 15.º aniversário dessa sala de espetáculos, recupera registos dos seus primeiros meses de programação, apresentando retratos de artistas como Carlos do Carmo, Jay-Jay Johanson, Cristina Branco, Perry Blake, Mário Laginha e Stacey Kent.

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