Maria João Pires abre programação musical online da Gulbenkian


Um concerto da pianista Maria João Pires vai abrir hoje a programação musical online da Fundação Calouste Gulbenkian, a ser disponibilizada gratuitamente, anunciou a instituição.

A Orquestra Gulbenkian é comum a todos os cinco concertos com transmissão já agendada até final de Fevereiro, às terças e sextas-feiras, em programas que partem de Mozart, passam pelo romantismo de Brahms, seguem pela contemporaneidade de João Guilherme Ripper, com as suas Cartas Portuguesas, e pela modernidade de Chostakovich, para regressarem ao classicismo, com Joseph Haydn.

Além de Maria João Pires, do Coro e da Orquestra Gulbenkian, e do seu maestro titular, Lorenzo Viotti, esta programação, que será transmitida através do site da Gulbenkian Música, conta também com a soprano Carla Caramujo, o trompetista Carlos Leite e os regentes Hannu Lintu e Mihhail Gerts.

No dia 12, é transmitido o concerto que Maria João Pires deu no passado mês de Dezembro no Grande Auditório, com a Orquestra Gulbenkian dirigida por Lorenzo Viotti. A pianista interpretou, na altura, o Concerto n.º 20, para piano e orquestra de Mozart, numa apresentação «inesquecível», afirma a Gulbenkian.

A programação online da Gulbenkian prossegue no dia 16 com a Sinfonia n.º 3 de Brahms, pela Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maetro estónio Mihhail Gerts. A fundação assinala a «notável, rápida e firme ascenção» como jovem maestro de Gerts, com estreias sucessivas à frente de prestigiadas orquestras como a Orchestra dell" Accademia Nazionale di Santa Cecilia, em Roma, a Royal Liverpool Philharmonic e a Sinfónica da BBC, no Reino Unido, a Sinfónica de Antuérpia na Bélgica ou a Filarmónica da Radio France.

No dia 19 será disponibilizado o monodrama Cartas Portuguesas, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, encenado por Jorge Takla, sob a direção do maestro Hannu Lintu, com a soprano Carla Caramujo, e o Coro e a Orquestra Gulbenkian.

A peça Cartas Portuguesas, que remete para as cartas atribuídas à freira de Beja, Mariana Alcoforado (1640-1723), resulta de uma co-encomenda da Fundação Gulbenkian e da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo.

No dia 23 de Fevereiro, o programa regressa ao maestro Lorenzo Viotti, agora na direção da 9.ª Sinfonia de Dimitri Chostakovich, uma obra «inspirada no classicismo vienense, mas à qual o compositor russo decidiu dar uma outra expressão».

As propostas da Gulbenkian para Fevereiro terminam no dia 26, de novo com a maestro Mihhail Gerts, para a interpretação do Concerto para Trompete e orquestra, de Joseph Haydn, tendo como solista Carlos Leite.

Os concertos ficam disponíveis, às terças e sextas-feiras, a partir das 19h00, nas plataformas digitais da Fundação Gulbenkian, que encerrou as instalações, à exceção do Jardim, no passado dia 15 de Janeiro, com a entrada em vigor do novo período de confinamento, decretado para a contenção da pandemia da covid-19. 

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