Morreu José Atalaya, o maestro que gostava dos «concertos informais»
O maestro José Atalaya, de 93 anos, que se destacou e, programas televisivos e em «concertos informais» de divulgação da música erudita, morreu na passada sexta-feira, disse à agência Lusa fonte próxima da família.
José Atalaya ingressou, em 1951, como assistente musical, na antiga Emissora Nacional, onde colaborou com o compositor Pedro do Prado (1908-1990) e João da Câmara (1905-1978), e iniciou um percurso de divulgação que se estendeu à RTP e a diferentes palcos nacionais, através de programas como «Quinzenário Musical» e «Semanário Musical», que manteve durante mais de 15 anos e que, em 1971, em entrevista, considerou um dos seus trabalhos «mais apaixonantes».
Discípulo de compositores como Luís de Freitas Branco e Joly Braga Santos, José Atalaya defendia a necessidade de «destruir a barreira entre o público e o artista» e de «informalizar os concertos» de música erudita, sugerindo, em plena ditadura e depois dela, que deviam ser assistidos «em mangas de camisa», numa inspiração próxima nos célebres «Concertos para Jovens», do maestro e compositor norte-americano Leonard Bernstein.
O velório de José Atalaya realiza-se na quinta-feira, na Igreja de Nossa Senhora da Boa-Hora, em Lisboa, entre as 10h00 e as 14h00, seguindo-se o funeral para o Cemitério de Barcarena, Oeiras, segundo a mesma fonte da família.
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